O Bossa Exchange, evento realizado pela Bossanova investimentos, contou com representantes de grandes corporações que palestraram sobre as iniciativas de fusões e aquisições dessas empresas.
O painel contou com discussões e trocas de experiências com representantes do Ser Educacional, TOTVS e Banco BMG.
Comentando sobre a proposta da TOTVS, Karolyna Schenk, representante da área de M&A, explica que a empresa começou como uma provedora de software para empresas do mercado, contudo, observaram lacunas que poderiam ser preenchidas com startups early do mercado.
Com a criação da área de M&A, a TOTVS desenvolveu três segmentos a serem focados nas startups, com fundos, M&A e parcerias.
Karolyna Schenk, executiva de M&A da TOTVS, comenta:
“Hoje na TOTVS nós trabalhamos como uma fábrica, seguindo uma esteira de processos. Temos equipes destinadas a observar cada momento e questão para a startup, assim temos a certeza de que um profissional especializado cuidará daquela área em questão. Nós não nos seguramos a tamanho de empresa ou carteira, focamos em time e produto, mas a startup precisa estar em um pronto que esteja pronta para trabalhar e realizar processos”.
Representando o BMG, Danilo Herculano, da área de M&A do banco, contou que o BMG sempre prioriza a parceria, e que mesmo com o ideal de aquisição finalizado, a startup continua responsável pela definição de seus processos e pelas escolhas de seus clientes.
“Mesmo adquirida, a startup tem a liberdade de negociar e conversar com quem ela quiser, mesmo que sejam outros bancos. Seguimos o pensamento de que a soma das partes é o que aumenta o lucro, essa é nossa mentalidade”, disse Danilo.
Ainda, ele comenta que foi necessário uma mudança na cadeia do banco, que antigamente tinha o foco voltado em adquirir negócios já estabelecidos no mercado, mas que observaram que ao adquirir startups em early stages, o lucro futuro seria maior. Danilo também contou que o grupo BMG já realizou aquisições de startups do grupo Bossanova.
O palestrante comenta sobre as vantagens de ser um banco nesse meio e explica que o alto caixa disponível pela empresa acaba sendo sua principal vantagem.
“No banco nós priorizamos o risco, entendemos que se estudado da forma correta, startups que ainda não chamaram a atenção do mercado podem vir a se tornar grandes cases de sucesso, já inseridos em nosso portfólio. Por isso o BMG criou uma área focada em analisar a interação e o momento da startup, para podermos acompanhar”, comenta Herculano.
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Futuro do M&A
Já o representante da Ser Educacional, Rpdrigo Alves, explica que o mercado ainda não se recuperou da crise vivida pelo Coronavírus, e que as startups precisam ter essa mentalidade focada em finalizar os deals o quanto antes.
O executivo comenta que “a bola agora está do lado dos compradores, eles que comandam o jogo, cabe a startup saber se vender e chamar a atenção do mercado na intenção de ser adquirida”.
Rodrigo continua comentando sobre o momento ruim vivido pelo mercado, e que startups que buscam caixa não devem ser duras na negociação.
Por fim, ele comenta: “o lado ruim para as startups é que os investidores sabem que eles estão na vantagem, então se uma startup acaba fazendo jogo duro eles podem voltar ao mercado e procurar outro negócio com essa solução”.
Fonte: Startupi