No último dia 21 de novembro, a empresa Americanas teve uma alta nas ações que atingiu um valor perto dos 19%. O fato aparece durante especulações de acordos entre a instituição e os credores (bancos), visto que, ela ainda permanece em recuperação judicial.
Ainda que haja a especulação sobre os acordos, não foram firmadas datas para este acontecimento. Informações disponibilizadas por diferentes veículos destacam que a Americanas está atravessando as negociações e realizando acordos com os bancos e que, no momento, está na fase final e próxima de assinar um acordo.
Conforme destacou o Valor Econômico, a Americanas tem reuniões agendadas e deve assinar o acordo até o dia 24 de novembro. Já a Folha de São Paulo revelou que o acordo pode ser firmado ainda antes, na terça-feira.
Ainda assim, a instituição revelou que os termos finais do plano de recuperação se encontram em análise e que não há previsão sobre a finalização do processo, ponto destacado pela empresa ao mercado.
Nos últimos meses a empresa teve seu papel valorizado em 16,83%, a R$ 1,18. Chegou ainda ao valor R$ 1,20 (+18,81%), valor máximo que representa a quarta alta seguida. As ações não tiveram alterações depois das informações reveladas pela empresa.
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Ao revelar mais informações sobre os balanços de 2021 e 2022, a instituição destacou a probabilidade de aprovação dos credores para o plano de recuperação judicial construído, tendo como previsão de finalização o mês de dezembro de 2023.
A Americanas solicitou, em novembro, a convocação de assembleia de credores ao juízo da recuperação judicial a ser realizada no dia 19 de dezembro para realização da votação. É válido ressaltar que depois de ter publicado sobre os resultados que possui percebeu um crescimento nas ações que passaram a 47,55%.
Dados de 2021 e 2022
Durante a última semana, a empresa se organizou para verificar o lucro líquido que atingiu R$ 544 milhões registrado em 2021 para prejuízo de R$6,2 bilhões. A Americanas ainda mostrou o resultado desfavorável de 2022, que chegou a R$ 12,9 bilhões.
Ainda que os dados sejam negativos, a exposição deles pode ser relevante para que os credores visualizem o avanço da empresa em relação ao tema e que os debates sobre a aprovação do plano tenham um crescimento.
A Americanas possui expectativas para o ano de 2025 após entender que o seu plano de recuperação judicial será aprovado até lá. De acordo com a empresa, a projeção é de Ebitda de mais de R$ 2,2 bilhões em 2025 e uma alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda menor de 0,75 vez.
Possui como planejamento de recuperação a centralização “na fortaleza e resiliência do canal físico, complementado pela excelência operacional do digital”. O plano foi seguido pela Magazine Luiza e Casas Bahia, que estão atuando para completar as operações das lojas físicas com as movimentações das operações digitais. Além disso, pretendem incluir um “portfólio de serviços financeiros customizados da (fintech) Ame e pela diversidade de mídia de nossa área de ‘advertising’ para gerar um pacote consistente de entregas a nossos clientes e parceiros”, feito por outras marcas concorrentes.
O estrategista Filipe Villegas, da Genial Investimentos, revelou ainda que a exposição dos dados “acaba, entre aspas, sendo positiva para que o mercado realize contas”. Além disso destacou que “por mais que isso aqui tenha sido péssimo, muito ruim, eu vejo que o mercado, se quiser, pode olhar o copo meio cheio no sentido de que eu já sei o tamanho do buraco, já sei o tamanho do prejuízo e agora, daqui para a frente, qual é o tamanho do desafio”.
Fonte: Infomoney