Grande parte dos credores do caso “Grupo Petrópolis” aprovaram o plano criado para a recuperação judicial da instituição, responsável pela produção das cervejas Itaipava e Petra. A aprovação foi realizada no último dia 11 de setembro e levou cerca de 96,4% dos credores que votam na Assembleia Geral a aceitarem as condições.
O passo seguinte é o encaminhamento do documento para homologação judicial, e logo em seguida, pode ser colocado em prática. O pedido de recuperação da empresa foi feito no dia 27 de março de 2023, pela Justiça do Rio de Janeiro. Uma medida cautelar foi deferida logo em seguida, pela 5ª Vara Empresarial da Justiça do Rio.
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Com ela foi possível precipitar as questões que envolvem a recuperação, como a pausa de cobrança de dívidas do grupo de setor de bebidas e a escolha dos administradores judiciais.
A decisão de seguir o processo de recuperação se deu por conta da crise sofrida pelo grupo, resultado de uma queda na produção e de valores recebidos, conforme revelado no documento de petição. É válido ressaltar que o pedido leva em conta mais de 5 mil credores.
Quando realizou o pedido a empresa informou que a dívida resultava em R$4,2 bilhões, sendo 52% do valor devido sendo de fornecedores e 48% financeiro. Não obstante, a dívida teria crescido posteriormente chegando a R$5,6 bilhões, conforme revelaram as fontes internas deste processo.
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De acordo com a informação destacada pela empresa em documento oficial, “31,2 milhões de hectolitros de bebida [foram] vendidos no ano de 2020. [Já], nos anos de 2021 e 2022, o volume caiu para 26,4 e 24,1 milhões de hectolitros, respectivamente.” A redução foi de 15,4% e 22,7%, respectivamente.
Em março, durante a construção da petição inicial, a empresa contou com o suporte do escritório Salomão Advogados. Zveiter Advogados e Preserva-
Ação ficaram responsáveis pela administração, e já trabalharam anteriormente na recuperação fiscal da empresa Americanas.
Por fim, a empresa destacou, em nota oficial, a intenção que possui com o plano de recuperação que “permitirá a adoção de medidas necessárias para a readequação do endividamento e da estrutura de capital da companhia, permitindo a retomada dos investimentos e da produção nas suas fábricas e assegurando a geração de milhares de empregos diretos e indiretos em todo o país“.
Fonte: G1
Autor(a): Artur Nicoceli
